Patrinando

Janelle Monáe: R&B futurista e dançante

12 de março de 2019

Gosto bastante de R&B. Para quem não conhece a nomenclatura, significa rhythm and blues, que é um termo comercial para denominar a black music. E uma das artistas que mais gosto atualmente dessa cena é a Janelle Monáe. No Dirty Computer, terceiro álbum da cantora, ela reafirma para que veio: fazer o pessoal dançar fugindo de padrões usando referências clássicas.

Mistura contagiante

Há influências  claras e fortes nesse álbum, como David Bowie, Prince, que até ajudou na produção, e o movimento disco. Em Make Me Feel, isso é bem claro. Tem pessoas vestidas como se fossem alter egos do Bowie. O instrumental lembra muito Prince. Os passos de dança são alusões à época das discotecas, salientado ainda mais pelo ambiente, que é uma boate. Além disso, a música é um grito de liberdade: depois do lançamento, Janelle afirmou que é pansexual, dando fim aos boatos sobre sua orientação sexual.

Uma faixa que mostra (mais) a versatilidade é Django Jane, rap que é um manifesto feminista e negro. As roupas no clipe passam a ideia de poder. Só há mulheres no vídeo, como se fossem um grupo organizado cuja líder fosse Monáe. A letra mostra que os negros dominam a cena musical mundial. E que estão começando a ganhar o reconhecimento merecido em premiações.

Para os que gostam de visual excêntrico, I Like That é uma bela fusão entre natureza e tecnologia. É agradável para os olhos e ouvidos. Janelle sabe fazer com que tudo se complete. A vibe futurista não é de agora. O álbum anterior, The Electric Lady, deixa claro que a tecnologia e artes em geral são fundamentais para a apreciação completa da obra. Dance, sinta e seja contagiado pela sensação. Já mudando um pouco aquela frase clichê: quem não gosta (e reconhece) black music não é bom sujeito.  

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