Patrinando

Preste atenção: cena local é (sempre) o novo pop

9 de abril de 2019

Quem é do meio musical, ou que acompanha, sempre ouve a famosa frase: “Apoie a cena local!”, apelo é que quase sempre ignorado. Acabamos escutando o que só os sites ou aplicativos de streaming nos empurram, sem lembrar que a maioria do que se tornou mainstream já foi underground. E que obviamente isso passou pela cena local bem no comecinho.

Já citei isso no primeiro texto da coluna, mas para quem não leu: sou de Santos, de São Paulo. Na região da Baixada Santista, sempre há artistas e bandas novas surgindo por causa da característica vanguardista daqui. Mesmo assim,  muitas pessoas acabam não escutando sons novos. Mas por quais motivos isso acontece? Geralmente o ser humano tem um certo receio do novo, seja o que for. Mudar hábitos e experimentar o diferente é um desafio. 

O indie surgiu disso. Originalmente o termo é para designar uma banda ou artista não muito conhecido. Depois é que virou sinônimo de um gênero musical que todo mundo associa com Lana Del Rey e Arctic Monkeys. O hábito de vasculhar por aí, ir em shows ou festivais novos mesmo sem conhecer as bandas tem que ser resgatado.  Quando não havia internet redes sociais era assim. Isso acabou se perdendo um pouco, as pessoas passaram a se encontrar menos. Pra quê sair se pode ver Netflix ou navegar no Youtube? O problema de fazer somente isso é ficar preso no que os algoritmos te recomendam.

Prestar atenção no que o amiguinho que tem banda ou que estuda música indica também é legal. Ou simplesmente perguntar o que os outros ouvem, caso não conheça ninguém do meio. Acompanhar o crescimento e amadurecimento musical de artistas é tão gostoso e recompensador. Dê chance ao novo. O que é novidade nem sempre é diferente, mas é totalmente inédito.

 

 

 

 

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