Patrinando

Especial: Tá tudo liberado no Carnaval ou não?

26 de fevereiro de 2019

Sei que costumo fazer textos abordando um artista ou banda em específico. Mas, como o Carnaval está perto, embora aqui em Santos já tenha acontecido, e é uma época extremamente musical, resolvi falar de algo que me incomoda bastante: preconceito. Então, senta aí que lá vem história. Normalmente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, a comemoração é associada ao samba por causa das agremiações e escolas tradicionais  de desfiles. Essa é a imagem mais midiática: desfiles com inúmeras pessoas, mulheres com trajes minúsculos sambando e carros alegóricos enormes nos sambódromos. Também simultaneamente é o período em que tem muito frevo, maracatu, axé, pop e funk no resto do país. Muitas cores, trajes, pessoas e sons exóticos. Tá, mas e daí? Todo brasileiro sabe disso!

Diferença é normal

Mas, para que estou relembrando tudo isso se provavelmente você ouve tudo isso diariamente na rua? Bom, há pessoas que não suportam o diferente. Enaltecem alguns gêneros e esculacham outros sem nenhum motivo. Além de esquecerem que música nada mais é do que uma evolução de gêneros. Sem samba não teria bossa nova, algo considerado cult e que levou o mundo inteiro a cantar “Garota de Ipanema”. Sem rap não teria funk. Sem frevo e maracatu não teria mangue beat. Lá fora, sem blues e jazz não teria rock. E assim por diante.

Não estou pedindo para ouvir tudo isso, embora eu ouça, goste e dance bastante. Pode pular ou não, fazer maratona de bloquinhos ou de Netflix, sambar até ficar sem perna, rebolar a raba ou dormir e descansar o feriado todo. Só seja feliz. Esteja aberto a ouvir novas músicas, experimentar sensações diferentes e viver experiências engraçadas ou inusitadas. Relaxa, é carnaval. Tudo é permitido. Precisamos de períodos de festas, de esquecer um pouco a seriedade da vida com muita música e dança. Carnaval também é arte. A vida não é só fantasia, mas às vezes é legal usar uma.

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