One day at a time: uma série repleta de mulheres fortes

Categoria: Seriado;
Gênero: Comédia;
Duração dos episódios: 31 minutos;
Roteiro: Audra Sielaff, Becky Mann (I), Gloria Calderon Kellett, Mike Royce;
Sinopse: Remake de One Day At a Time é uma produção do site de streaming Netflix, que encomendou a produção de treze episódios para a primeira temporada. Na versão do Netflix, a série será estrelada por Justina Machado. Na história, Justina é Penelope, uma ex-militar divorciada que precisa se adaptar à sua nova vida de solteira. Com ela moram sua filha adolescente, seu filho extremamente sociável, e sua mãe, uma cubana da velha guarda, interpretada por Rita Moreno. A família ainda conta com a ajuda de Schneider, o zelador do prédio. (Filmow)

Maratonem agora!

Passei várias vezes por One day at a time no catálogo da Netflix. Mas, foi só depois de ver um stories da Ana Gabriela, do Bela Psicose, que eu resolvi começar a ver.  Essa é daquelas séries que você não vai ver com expectativas. Você começa a assistir só para passar o tempo, mas os personagens te fisgam de tal maneira que é impossível parar. O humor da série é leve, gostoso e você não precisa ser nenhum gênio para entender. Porém, é como The Good Place, você também não se sente um idiota por rir de piadas muito bestas. O principal ponto dessa série, são as tramas individuais de cada personagem. 

Mulheres incríveis? Temos!

No centro da família, temos Penélope. Mãe de dois filhos e recém separada, ela vai precisar se adaptar a nova vida. Enfrentar preconceitos comuns da sociedade e batalhar como enfermeira para manter a casa. Além disso, Penélope foi militar por um tempo e sofre sequelas de ter servido em uma guerra. Adorei ver esse assunto em uma personagem feminina. E adorei a maneira como abordam as sequelas que ela carrega. Sua filha mais velha, Elena, está na fase em que precisa descobrir mais sobre si. Saber sobre a própria sexualidade e enfrentar os dilemas que vão lhe acompanhar por um tempo. Sem contar, que a personagem é super ativista e integrada nos movimentos feministas e LGBTs. Portanto, para encerrar o trio de mulheres fortes, temos a abuelita, Lydia. Migrou de Cuba para os Estados Unidos ainda nova, mas faz de tudo para manter as tradições firmes.

Sem contar que ela vai precisar deixar alguns preconceitos de lado, por amor, e ainda lida com a ausência do marido falecido. A atriz Rita Moreno, que interpreta a Lydia, nos diverte com a menor das caras e bocas que faz. Definitivamente, ela é a alma da série! Ainda temos o filho caçula de Penélope, Alex. Apesar de ser o personagem com menos questões a serem trabalhadas, por ainda ser bem novinho, ele é bem divertido, sociável e completa a casa, sem ser um zero a esquerda. Por fim, temos Schneider, o dono do prédio em que elas moram. Schneider é o tipo mulherengo bobão e super encostado na família de Penélope. Mas, também é um ótimo amigo e parte da família. Apesar de ser um personagem bem comédia, a história dele traz um passado meio sombrio e triste. 

One day at a time é MUITO viciante

Apesar de abordar MUITOS temas importantes, como a importância do movimento feminista, homofobia dentro da família, luto, migração nos Estados Unidos e ausência paterna na infância, dentre vários outros, One day at a time é leve. Você ri o tempo inteiro, até quando estão discutindo sobre a existência de Deus. Mas, ainda assim, a série consegue transmitir a mensagem que quer. Consegue nos fazer pensar em alguns aspectos e insere outros temas que não estamos acostumados a ver com frequência, como as sequelas que o serviço militar deixou na Penélope. Amei a representatividade de mulheres. São personagens fortes, bem trabalhadas e que lutam por igualdade, sem carregar o esteriótipo que criaram para feministas. 

Você se encanta com a série desde o primeiro episódio e não consegue mais parar de ver. E, quando chega no final, fica com aquele sentimento de vazio no peito, querendo rever tudo várias vezes até o lançamento da nova temporada. Vale muito cada segundo, está mais do que recomendada! Espero que gostem.