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Justiça: para ter orgulho das produções nacionais

15 de junho de 2019

Gênero: drama;
Ano: 2016;
Roteiro: Manuela Dias;
Direção: José Luiz Villamarim;
Sinopse: Quantas vezes você já se pegou questionando a Justiça do nosso país? Em uma noite, na cidade de Recife, 4 vidas são completamente mudadas após se envolverem em crimes diversos. Ao questionar valores morais, a trama aborda histórias diferentes, que se cruzam e se enlaçam em um roteiro de cair o queixo. 

A minissérie brasileira que dá orgulho das produções brasileiras

Justiça é uma minissérie brasileira, produzida pela Rede Globo, exibida entre agosto e setembro de 2016. Mas, atualmente está disponível no catalogo da Globo Play. A trama não tem um protagonista definido. Portanto, a cada dia da semana, retrata uma fatia diferente da trama, contando com grandes nomes da atuação (novos ou não), como: Débora Bloch, Marina Ruy Barbosa, Jesuíta Barbosa, Adriana Esteves, Jéssica Ellen, Cauã Reymond, Drica Moraes, Antonio Calloni, Julia Dalavia, Camila Márdila, Cássio Gabus Mendes, Enrique Díaz, Marjorie Estiano, Luisa Arraes, Vladimir Brichta, e Leandra Leal nos papéis principais.

São 20 episódios e contam 4 histórias diferentes, mas que são completamente interligadas. Por não tem um personagem protagonista, a cada episódio nos aprofundamos em um ponto diferente da história. Só que sempre vemos os outros personagens aparecendo como coadjuvantes. Confuso? Por exemplo, nos episódios em que a Débora Bloch protagoniza, a Adriana Esteves aparece como coadjuvante. E vice-versa. Vou tentar resumir um pouquinho sobre cada uma das histórias, mas para isso vou precisar contar um pouquinho do episódio inicial. Que não é exatamente um spoiler, por que a própria Globo contou bastante sobre as tramas, antes de começar a exibir. E aí vai ficar até mais fácil de compreender isso aí. 

As tramas

Segunda-feira (Vicente Menezes)

Elisa (Débora Bloch), após 7 anos, ainda não conseguiu superar a morte da filha, Isabela (Marina Ruy Barbosa), que assassinada pelo noivo Vicente (Jesuíta Barbosa). Que, tomado pela raiva ao flagrar a noiva o traindo com o ex-namorado, dispara várias vezes contra ela. Após ser solto ele vai em busca do perdão da ex-sogra, que só pensa em formas de se vingar, enquanto vai viver com sua atual esposa, Regina (Camila Márdila).

Episódios desse núcleo: 1, 5, 9, 13 e 17.

Terça-feira (Fátima Libéria do Nascimento)

Fátima (Adriana Esteves) é uma doméstica com uma vida ok para os padrões financeiros que tem. Apesar disso, é muito feliz ao lado do marido e dos dois filhos. Porém, ao aparecer um novo vizinho com um cachorro que machuca o seu filho, Fátima se enche de ódio e acaba matando o cachorro do policial e seu vizinho, Douglas (Enrique Díaz). Mas, o policial se revolta e acaba incriminando Fátima por tráfico. Quando é solta, sete anos mais tarde, Fátima faz de tudo para reconstruir a família.

Episódios desse núcleo: 2, 6, 10, 14, 18.

Quinta-feira (Rose Silva dos Santos)

Rose (Jéssica Ellen) e Débora (Luisa Arraes) são melhores amigas desde pequenas. Já que a mãe de Rose é empregada na casa de Débora há anos. Se tratam como irmãs e fazem de tudo uma pela outra. Mas, em uma noite, ao comemorarem o aniversário de 18 anos de Rose, na praia, a polícia faz uma batida e encontra drogas com a menina. A trama apresenta a questão racial bem forte, já que Rose só foi revistada por ser negra. Após este fato, Débora é violentada, e quando reencontra Rose, sete anos mais tarde, elas se unem para destruir o estuprador.

Episódios desse núcleo: 3, 7, 11, 15, 19.

Sexta-feira (Maurício de Oliveira)

Maurício (Cauã Reymond) vê sua esposa Beatriz (Marjorie Estiano), que é bailarina, ser atropelada por Antenor (Antonio Calloni), enquanto o cara foge com o dinheiro roubado do sócio. A pedido dela, Maurício aplica a eutanásia e é preso como assassino da própria esposa. Quando sai da prisão, 7 anos depois, Maurício se aproxima de Vânia (Drica Moraes), esposa problemática de Antenor, com o objetivo de se vingar pelo acidente.

Episódios desse núcleo: 4, 8, 12, 16, 20.

Não ficam fios soltos

A criadora dessa trama foi impecável. De coração, a minissérie é muito bem amarrada. Não ficam fios soltos e todos os detalhes são resolvidos de forma que deixam você sem ar. Os atores também foram perfeitos nas atuações. Trouxeram bastante realidade para a trama, além de terem sido bem cuidadosos com o sotaque. Inclusive, vale ressaltar, que eu amei o fato de que Justiça se passa em uma cidade que não é um grande centro óbvio. Ao trazer Recife para dentro de narrativas tão importantes como a que a minissérie aborda, Justiça agregou valor a outro ponto do país. Afinal, estamos muito condicionados a assistir produções no Rio de Janeiro e São Paulo, né? Diante de tudo isso, só posso recomendar os 20 episódios de Justiça, caso você assine Globo Play. São incríveis, terminam de maneiras que fazem nosso queixo cair e mostram bem a realidade da injustiça brasileira. 

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