Patrinando

O tempo passou correndo de repente… e agora?

3 de novembro de 2020

Estou com 25 anos. Acompanho sempre tendências musicais porque sou jornalista e gosto de conhecer novos sons. Porém, tenho que admitir: não tenho mais a velocidade nem o tempo de um adolescente para acompanhar as modinhas. Fandom de internet mudou muito e me sinto perdida nisso.

Eu sei, notar isso é um choque. Fiquei estarrecida quando entendi isso. E ainda fico perdida quando algum adolescente diz que nasceu em 2004, que não viu a cena emo nem colorida em alta ou que memes como “Vou reclamar no twitter!” não são da época dele. Dói um pouco, confesso.

Porém, tem algo positivo que observo festa geração que faz fandom virtual (na minha época, era fã clube em português mesmo): os adolescentes estão/são muito mais preocupados e abertos sobre questões sociais. Quando alguém fala algo racista, machista, lgbtfóbico ou extremista, o repúdio não vem em notas educadas. Aí com certeza, eles xingam muito no Twitter, afinal é uma ”puta falta de sacanagem!”.

Tomar consciência da passagem do tempo é engraçado. Nossa percepção da vida e ocupações mudam. Passou muito rápido dos meus 18 anos até aqui. Fiz várias coisas, mudei, cansei de quebrar a cara, melhorei, piorei: vivi. Nem tudo é o que parece e às vezes complicamos a vida mais do que é necessário. Os dramas da vida adulta são muito mais chatos do que quando somos adolescentes.

Sei que pareço saudosista (e um pouco velha) escrevendo dois textos seguidos sobre a juventude. Mas recordar, sem deixar de se atualizar, é viver. Como cantava a incrível Elis Regina em “Como nossos pais“: o novo sempre vem. Por isso, te digo com toda a sinceridade: não ame tanto o passado e veja. Compensa, vai por mim.

You Might Also Like

No Comments

Comente aqui: