Eu sei que nem sempre é fácil olhar para o espelho e amar tudo que você vê ali, mas se tem algo que aprendi nesses meus vinte e três anos de vida é que: Se você não puder se amar sozinha, amar outra pessoa será ainda mais complicado. Vou explicar, prometo, mas para isso acontecer preciso que você esteja pronto para aceitar as verdades que constam nesse texto. Combinado?
Aos quinze anos, eu estava tendo uma das maiores crises de identidade da minha vida. Talvez seja por isso que decidi escrever, porque eu poderia ser quem eu quisesse sem me prender em nenhuma certeza sobre quem eu desejava ser. Entre escolher uma profissão e entender qual Camila eu desejava ser, eu me perdi e me prendi em um mundo só meu. Conheci pessoas maravilhosas nesse meio tempo e aprendi a coisa mais importante: nada substitui o amor próprio. Elogios ajudam, maquiagem disfarça e penteados mudam, mas o que você é por dentro vai além disso tudo.
Beleza não é parecer perfeito. É celebrar sua individualidade.
Você precisa aceitar a beleza dos seus olhos, do cabelo enroladinho demais ou liso demais, das pintinhas que parecem estrelas nas suas bochechas e de cada detalhe seu. Precisa entender que você é única e, sendo assim, deve mudar quantas vezes desejar desde que sua essência (aquilo que você realmente é) se mantenha intacta. Não vale a pena mudar por ninguém, além de você mesma. Não é legal cumprir expectativas que não são suas ou desejar tanto um padrão que a mídia desenhou para 1% da população. Existem tantos tipos e naturezas diferentes em cada pessoa, devemos ampliar nossa ideia de beleza. Aceitar que cada um tem a sua definição, parar de nos machucar por um padrão e nos amar.
Seja aquela que você admira no espelho. Tenha cabelos curtos, longos ou nenhum cabelo. Coloridos, negros, loiros ou brancos. Lisos, enrolados ou aplicados. Use aquela roupa que você tanto gosta, faça tatuagens, fure as orelhas, não use maquiagem… decida você. E apaixone-se todos os dias pela pessoa no espelho.
Se identificou com o texto? Decidiu fazer uma mudança total depois que terminou de ler? Me conta tudo que eu quero saber!
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[…] Precisamos aceitar que somos assim, que os limites impostos por nós mesmos são barreiras pessoais de proteção. E que não precisamos virar uma pessoa que gosta de abraços para agradar todo mundo. Exatamente por eu ser essa pessoa que evita contato, eu sei o quanto a minha vontade de abraçar é valiosa. O quanto um abraço meu pode ser significativo para quem me conhece e convive comigo. Quando eu aceitei isso, me senti bem melhor. […]