Li, Gostei, Resenhei

Poliana – Eleanor H. Porter

16 de julho de 2018

Autora: Eleanor H. Porter;
Editora: Ciranda Cultural;
Páginas: 432;
Sinopse: Uma carta chega endereçada à amarga senhorita Polly. Sua sobrinha, que há pouco ficou órfã, não tem nenhum outro familiar para criá-la. A tia então aceita o dever de abrigar a garota. Poliana traz em sua bagagem roupas surradas, uma imensa alegria de viver e o desejo de descobrir o mundo. A tia preocupa-se com as leituras e estudos da garota, porém, o que a pequena mais deseja é descobrir o mundo e conhecer as pessoas. Algo está prestes a acontecer no casarão no alto da colina. (Skoob)

“Ela, que levara cinquenta tristes anos de vida a desejar o que não podia ter, não tivera tempo de apreciar as próprias qualidades.”

Poliana é um livro super conhecido, mas nunca foi uma das minhas prioridades de leitura. Vez ou outra, quando cruzava com uma edição lindinha nas prateleiras da livraria, eu até cogitava comprar. Mas, sempre aparecia outro livro para roubar minha atenção. Esses tempos teve uma feira de livros aqui e, por sorte, tinham os dois livros de Poliana, em edições lindas, por um preço meeeega em conta. Dessa vez não resisti e comprei! Primeiramente, gostaria de dizer que se você é fã da série Anne with an E, vai amar Poliana. As duas personagens principais tem vários pontos de semelhança. Não possuem família, são adotadas por uma mulher meio rabugenta e são super otimistas. Ambas tem o mesmo poder de te cativar logo de inicio, tornando-se seu livro/série favorito (a).  

Poliana fica órfã e é acolhida pela irmã de sua mãe. Uma mulher que não gosta de portas batendo ou colheres caindo no chão. Portanto, coloca Poliana para dormir no sótão e torce para que a menina não seja o tipo de criança danada. No entanto, a garota que esperava encontrar um lindo quarto decorado e aconchegante, se sente extremamente feliz com o quarto que lhe foi designado. Por mais distante que seja do quarto que imaginou, Poliana agradece o fato de não ter um espelho no local. Afinal, dessa maneira ela não poderá ver seu próprio rosto coberto de sardas. E também agradece pela enorme janela, que tem uma vista tão bonita, que dispensa qualquer necessidade de um quadro para enfeitar o local. Sua maneira de enxergar as coisas logo chama a atenção de Nancy, a criada. 

O jogo do contente

Poliana explica para Nancy que tudo não passa do jogo do contente, que seu pai lhe ensinou. Que, nada mais é do que a alternativa de buscar o melhor ângulo em todas as situações. Assim, ela não se entristece por nada e fica contente por motivos inimagináveis. Logo Poliana começa a conquistar todas as pessoas que moram na mesma cidade. Desde os mais amáveis, até os mais rabugentos e antipáticos. Até a sua própria tia, que não gosta de portas batendo e colheres caindo ao chão, parece não resistir ao carisma da menina. E, dessa maneira, passa a lhes ensinar o jogo do contente. Em questão de meses, a cidade inteira já está brincando também. Exceto a tia, que lhe proibiu de falar a palavra contente ou mencionar o seu próprio pai. 

“Em tudo há sempre uma coisa capaz de deixar a gente alegre; a questão é descobri-la”

Eu amei esse livro em tantos níveis que nem sei por onde começar. Sem contar que, qualquer coisa a mais que eu diga, pode ser um baita spoiler. Afinal, não se trata de um livro extenso. O livro gira em torno da garota e do seu jogo, então os personagens coadjuvantes nem tem muito espaço para nos cativar. Não que tenha algum problema nisso, Poliana já faz isso por todos eles. Além disso, o livro guarda valiosas lições sobre felicidade, gratidão, orgulho e perdão. Fiquei completamente encantada e estou louca para começar a ler Poliana moça logo. A leitura é super rápida e te prende firme até o fim. Definitivamente, mais e mais pessoas precisam ler Poliana e começar a jogar o jogo do contente. O efeito é tão forte, que já comecei a praticar no meu dia a dia! Mas, enfim, tenho certeza absoluta que você vai gostar. 

Ps. Não sei se é Poliana ou Pollyana, pois existem as duas versões e varia de edição para edição. Então, se você conhece como Pollyana, não estranhe! 

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1 Comment

  • Reply Melhores do ano: 6 livros que li e amei em 2018 | Ré Menor 13 de janeiro de 2019 at 19:54

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