Alguns anos atrás, eu passava um bom tempo visitando sebos. Porque era mundo totalmente novo, onde encontrava livros mais baratos e depois poderia trocar por uma nova aventura. Durante essas visitas, me encantei por um livro com um título bem curioso. A menina que roubava livros, me conquistou e, quando eu terminei a leitura, ela roubou meu coração.
Markus Zusak é o filho mais novo de um austríaco e uma alemã, portanto cresceu ouvindo histórias relacionadas ao período nazista. Sua mãe contava histórias reais, que ela vivenciou em uma pequena cidade alemã e desde sempre, o escritor sabia que iria dividir isso com o mundo. Porém, isso só aconteceu em 2011 com o lançamento de seu primeiro livro: A menina que roubava livros. E desta maneira ele se tornou uma revelação literária.
A história do livro é voltada para a vida de Liesel Meminger, começando em 1939. Uma pequena garota separada de sua mãe e enviada para outra cidade em busca de refúgio. Porém, seu irmão morre e Liesel tem seu primeiro encontro com a Morte. Sim, com letra maiúscula. Pois esta fica tão afeiçoada com a garota que acompanha sua vida e os acontecimentos dela e compartilha tudo com o leitor. Uma sacada incrível feita por Zusak. Uma personagem que não envelhece e narra toda a vida da garota com emoção, você sente tudo que ela descreve.
Quando a morte conta uma história, você tem que parar pra ouvi-la.
Quando finalizei o livro, eu senti o quanto aquela obra era impactante. Portanto era esperado que uma adaptação surgisse em algum momento, demorou alguns anos, mas enfim ela chegou em 2014. E trouxe todo o universo de Liesel aos olhos do público de uma maneira bem realista. E apesar da temática impactante, a sensibilidade em retratar a visão de uma criança foi muito bem pensada.
Um filme que já recomendei antes, mas que vou recomendar mais uma vez. Pois ele é perfeito para retratar um período da história que todos estudamos nas escolas e as atuações são incríveis. A construção da personagem principal e seu amor por livros, pode fazer com que as pessoas se identifiquem e criem afeição. O que pode arrancar algumas lágrimas quando o filme acaba, foi o meu caso.
Assistam e pensem sobre a história contada. Veja como uma garota tão jovem passou pela época do nazismo e como seu amor por livros levou ela através desses tempos sombrios. Uma viagem no tempo, guiada pela própria Morte e capaz de conquistar leitores e telespectadores no mundo todo.
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